Pois bem, Celso Roth fez o time do Atlético jogar. Fez o time do Leão "com o prazo vencido" voltar a jogar bem, e dessa vez não contra Uberaba ou Social, mas contra Grêmio e Sport (não que sejam times, assim, fortíssimos, mas disputam a invencível Copa Libertadores da América) e fez o time que perdeu de cinco do Cruzeiro viceliderar o Campeonato Brasileiro (um campeonato forte, convenhamos, não tão forte quanto a intransponível Copa Libertadores, mas forte). E o que fez Celso Roth? Colocou o Márcio Araújo pra jogar.
Com Leão, Márcio Araújo alternava suas funções com Carlos Alberto: quando um estava marcando no meio-campo, o outro estava cobrindo o grande buraco deixado por Júnior na lateral esquerda. Quando sobrava algum espaço, um deles avançava. Com essa divisão de funções, me parece que tudo era malfeito, nem Carlos Alberto nem Márcio Araújo conseguiam marcar direito e muito menos ofereciam algum risco quando iam ao ataque. Roth escalou Thiago Feltri, jogador que ataca e defende muito bem - e realmente defende, ao contrário de Júnior - na lateral esquerda, liberando um dos marcadores, e colocou Jonílson, um marcador decente, no meio-campo, no lugar de Carlos Alberto. Com isso, acabou com a divisão de funções: Jonílson marca, Márcio Araújo conduz a bola para o ataque. Quando sobra algum espaço, é Renan que tenta avançar, mas aí fica por conta da sorte.
A diferença é que, como meio-campista primordialmente ofensivo, Márcio Araújo tem ido muito bem todos os jogos. Sem ter de se concentrar em marcar e atacar, pode se preocupar em correr e dar tudo de si em um único lance, como no gol de Tardelli contra o Atlético Paranaense. O resultado do sistema de Roth é um time melhor e - como diria Tite - mais equilibrado e um Márcio Araújo totalmente indispensável.
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